sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Obrigadinha IKEA!

Ando numa fase de renovar os vasos cá de casa e achei uns bem giros no site do IKEA. Lá tentei fazer a simulação de um vaso que custava 3,99€ para saber quanto seria para enviar para a Madeira e qual não foi o meu espanto quando apareceu a modesta quantia de 89,00€. 
IKEA, eu sei que a Madeira não fica aí ao virar da esquina, mas também não estamos no fim do mundo, sim?
Por esse preço deve vir um jardineiro incluído. 


O que é que aconteceu?

Hoje vi duas miúdas, que não tinham mais de 12 anos, disfarçadas de gatinhas, até aqui tudo bem. Não fosse o facto de parecerem que iam entrar na Casa dos Segredos (sem ofensa). Duas miúdas com carinha de bebé, vestidas com um top justo, decote, barriga à mostra e uns calções daqueles que se fica com as nádegas de fora. Ah, e tinham umas orelhinhas de gato na cabeça. 

O que é que aconteceu no mundo?? Eu, aos 12 anos, se me atrevesse a sair de casa com uma saia mais curtinha, era logo barrada pelos meus pais. E ainda bem!! É ridículo ver crianças a tentarem ser mulheres 'sexy'. 

                                                                                          Imagem retirada de My Colourful Fantasy

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Uma Revelação #3

Em criança, pertenci à mesma turma do melhor jogador de futebol do mundo e não me dava nada bem com ele, nada mesmo!

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Por uma boa causa!

Li, hoje, no blog Quadripolaridades, acerca do projecto UNICEF Tap Project. Este projecto consiste  numa campanha da UNICEF que nos faz ser solidários e ao mesmo tempo largarmos um pouco o vício de estar a mexer no telemóvel. 

Por cada 10 minutos que não tocamos no telemóvel, uma criança recebe 1 dia de água potável! Um pequeno gesto pode fazer toda a diferença e não custa mesmo nada. 
Para aderir basta aceder a uniceftapproject.org a partir do telemóvel e seguir os passos. 

Deixo aqui a imagem dos meus primeiros 10 minutos. Estou a pensar deixá-lo a noite toda neste site, pode ser que funcione!

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Ai que saudade #1

Hoje liguei a TV bem cedo e de repente lembrei-me dos meus Sábados em miúda. Acordava cedíssimo para ver os desenhos animados na RTP e como não se comparam em nada com os de agora. 
Adorava ver o Panda Tao Tao, era tão doce e ainda sei toda a letra da música do genérico. O Panda e a sua mãe ensinaram-me tanta coisa quando eu era bem pequenina. Que nostalgia fiquei.

E por aqui alguém também via o Panda Tao Tao?


Saudades, muitas saudades mesmo!

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Aquele momento #3

Sou alérgica a qualquer tipo de perfume.

Hoje, por azar, o meu gel de banho específico para este problema, acabou. Lá acabei por tomar banho com o gel de banho da minha mãe.
Hoje também elogiaram o meu perfume e até perguntaram que marca era.

Pingo Doce Nº 5, Edição Limitada.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Uma Revelação #2

Quando era adolescente sofri de uma depressão que durou alguns anos. Assisti à morte de um familiar sem nada poder fazer e isso mexeu com a minha cabeça. Felizmente, tratei-me com uma profissional e consegui me libertar desse estado. Acredito que quem já teve depressão, mesmo depois de devidamente tratada, há sempre uma ou outra pequena recaída.
Se há algo que me incomoda é saber que existem pessoas que acreditam que só os vadios é que ficam deprimidos, que não querem fazer nada, que são só desculpas...
Deixo aqui um vídeo que vi neste blog O Meu Ritmo, pois acho que retrata bem a situação.


segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Aquele momento #2

...em que estou na Zara e tenho vergonha de admitir que os sapatos da secção de criança, tamanho 34, que acabei de comprar são para mim e então digo que é para oferta.

Medo.

O meu maior medo neste momento chama-se Ledertrexato

Vou começar a tomar estes comprimidos para tratar a Psoríase e ler a bula não é nada agradável. Se tomar a mais do que devo, posso morrer. Se tomar o prescrito, posso ter complicações que levam à morte na mesma.
Basicamente é um medicamento usado para tratar vários tipos de cancro. Tenho que fazer análises todas as semanas e ter muito cuidado. Não posso estar ao sol, também.
Já pesquisei no Google e só encontro casos que acabaram mal. 
Já estou numa pilha de nervos e não sei que fazer. 

P.S: Se alguém já tomou isto ou conhece alguém que tomou, por favor partilhem comigo! 

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

O que mais me Irrita!

Há uns meses atrás alguém me perguntou qual era a coisa que mais me irritava. Dei por mim num brainstorming imenso e a lançar todo o tipo de respostas. Irritavam-me as pessoas que culpavam todos os males do mundo na crise; mentiras; ter medo do desconhecido; doenças; atrasos; maldades; “filosofias baratas”; ser ignorada; não ter nada para fazer; procrastinação; indivíduos a quem emprestava livros e devolviam-mos estragados; chamadas longas; receber mensagens de texto só com uma palavra. A lista tinha potencial para continuar durante muito tempo. 
Nessa altura enquanto a minha amiga me ouvia pacientemente, sentadas numa esplanada, vi um sujeito quase a atropelar um cão. Ele viu o cão e não parou, decidiu continuar a conduzir. Não fosse uma criança que estava por perto a assustar o animal, este sujeito ia mesmo passar por cima dele. Quando lhe perguntei se não tinha visto o animal, ele respondeu-me secamente:
- É só um vadio! 
Fiquei chocada e foi nesse momento que me apercebi qual era a coisa que mais me irritava: a ignorância. Neste caso a ignorância deste sujeito ao pensar que um animal abandonado não tem o direito à vida.
Não me refiro a ignorância no sentido de ser iliterário, mas sim aqueles indivíduos que preferem não adquirir conhecimentos, pois têm a mente repleta de ideias falaciosas e recusam-se a mudar de opinião, nem mesmo quando estão a ser absurdos. O que faz um ser humano pensar que pode tirar uma vida quer seja esta humana ou animal? Na minha opinião, é porque habitamos num mundo repleto de ignorantes e fica comprovado que ter cada vez mais acesso a informação, a qualquer minuto, não torna a população mais inteligente. E isso irrita-me. 
Talvez para algumas pessoas a ignorância seja realmente uma bênção, mas para essas deixo a seguinte mensagem de Leonardo Da Vinci - Chegará o dia em que o homem conhecerá o íntimo dos animais. Nesse dia um crime contra um animal será considerado um crime contra a própria humanidade.
Texto escrito no âmbito do Campeonato Escrita Criativa com o tema:  Liste coisas que o irritem. Depois escolha uma e escreva sobre ela.

                                                                                                                           Imagem retirada de Visualize Us

sábado, 8 de fevereiro de 2014

“Se não arriscares nada, estás a arriscar muito mais...”


Hesito. Ouço o eco vazio de uma promessa que fiz e que se repete infinitamente: arrisca, não desistas. Mas o medo é mais forte apesar de saber que estou a sabotar a oportunidade de ser feliz. Porque é que destruímos uma hipótese de construir uma vida melhor só porque temos medo de arriscar? Porque é que preferimos viver num marasmo emocional onde tudo o que resta é a apatia e a indiferença? Quando é que vamos perceber que ao não arriscar nada, estamos a arriscar tudo o que poderíamos ter ou vir a ser? 
É este o modus operandi do ser humano. Desde o dia do nascimento que estamos vivos, mas estaremos mesmo a viver? Ou seremos apenas cadáveres à espera de morrer? Crescemos amarrados a um conjunto de regras e o que acontece a quem se atreve a quebrá-las? Será mais feliz? Atingimos metas e objetivos, trabalhamos para isso, esperando o sucesso, a riqueza e a luxúria. Tenho um sonho, mas quando penso nisso, a probabilidade de falhar é enorme e então resigno-me ao comodismo. É mais fácil viver com segurança, sabendo que amanhã não me espera nenhum abismo. O inesperado e o desconhecido assustam. Assim estás bem
- Vais construir uma família, ter um carro, uma casa, um curso, trabalhar arduamente para sustentar os vícios e depois terás o descanso merecido. – Dizem-me.
E depois vou morrer e nesse momento é que me vou aperceber que deveria ter lutado. Vou arrepender-me de não ter dado azo aos meus sonhos e de ter preferido a conjuntura de normas que escolheram quando eu nasci. Vou ter inveja dos corajosos e perceberei, desgostosa, que não posso voltar atrás e que o tempo terminou. Não há mais oportunidades. Vou desejar poder dar um passo em direção ao abismo, fechar os olhos, respirar fundo e acreditar. Acabou-se. Não arriscaste, perdeste tudo. Perdi muito mais do que o que alcancei.  
Acordo repentinamente com o rádio a tocar Maria Bethânia. 'Debaixo d'água, protegido, salvo, fora de perigo. Aliviado, sem perdão e sem pecado, sem fome, sem frio, sem medo, sem vontade de voltar, mas tinha que respirar'. Percebo que afinal o fim ainda não chegou e que me posso libertar das amarras que me impedem de respirar. Posso encher os pulmões de ar e saltar para o abismo que me espera.

Texto que escrevi para um Campeonato de Escrita Criativa.

                                                                                                     Imagem retirada de sobreavida.com.br

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Uma Revelação...

Tenho Psoríase. É uma doença crónica, incurável e não contagiosa. 
Eu moro num meio pequeno e, como devem depreender, nem sempre as marcas na minha pele foram vistas com 'bons olhos'. 
Apesar de ainda existirem dias em que só me apetece me enfiar na cama e lá ficar, agora sei que não me posso esconder e que não devo ter vergonha da minha pele. Vou ter que viver com ela até ao final da minha vida e, por isso, mais vale não estar chateada comigo própria.

Há uns meses atrás escrevi este texto que demonstra exactamente o que sinto e o que sentia em relação a esta doença. 

Há cerca de dez anos senti que era apenas uma personagem a viver a vida de outra pessoa. Uma pessoa que não tem cara, não tem nome, nem personalidade e que não tem sentimentos. Um alguém que ataca quando menos se espera. A psoríase.
A Psoríase é uma doença crónica que se manifesta na pele. É incurável, mas não é contagiosa. Acordei e a minha pele já não era a mesma.

Confesso que fiquei assustada quando apareceram os primeiros sintomas. Chorei quando soube que era incurável porque só aí é que tomei consciência que isto era algo permanente. Chorei, fechada no meu quarto, de medo e de raiva.
Como é uma doença que se torna visível aos olhos de todos, é difícil se sentir aceite. Descobri a maldade nas pessoas e descobri, da pior maneira, em quem podia confiar e quem devia eliminar da minha vida. Seguidamente vieram os comentários de pessoas que considerava ser amigas e nenhum era agradável. Nessa altura, a única defesa que encontrei foi esconder-me de mim própria. Tentava disfarçar as marcas na pele com maquilhagem e fingia que a opinião dos outros não me incomodava. Não ia à praia, usava camisolas de mangas compridas no verão e o sentimento de vergonha era terrível.
Alguns anos depois apercebi-me que a minha atitude em nada ajudava a minha saúde e foi aí que mudei a minha vida. Em vez de esconder e de ter vergonha da minha pele aproveitei para ensinar todos aqueles que se mostravam curiosos e isso tornou-me mais madura. Deixei de disfarçar as cicatrizes na pele com maquilhagem e comecei a fazer tratamentos mais frequentes. 
Lutei muito para ser aceite. Ainda me revolto e tantas vezes pergunto “Porquê a mim?”. Nunca vou saber a resposta a esta questão, mas tenho uma certeza. A convicção que quero ver esta doença se libertar das amarras do estigma, do desconhecido e do preconceito que lhe está associada.

                                                                        Imagem retirada de Healing Alopecia Areata